segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Leitura


Antes de me jogar nos estudos pro concurso que vou prestar, terminei de ler dois livros super bacanas. Estilos diferentes, porém que prendem a atenção de certa forma. 

Comecei com “O Quarto”, da autora Emma Donoghue (Editora Verus). Agonia chocante. Foi meu sentimento do começo ao fim, e sem exageros. O livro conta a história de Jack, um menino de 5 anos que vive num quarto com sua mãe. Enquanto para o garoto a vida é de brincadeiras e aprendizagem, para sua mãe que é prisioneira do “Velho Nick” há 7 anos, é uma tormenta. O roteiro até que lembra uma coleção de livros que minha mãe tinha, ou se não, algum caso policial onde o pai prende a filha no porão de casa e ocorre incesto. Porém, a diferença está na forma de narração. O livro é contado por Jack. Desde seus inocentes pensamentos, a até típicas brincadeiras como inventar palavras – algo natural para alguém de sua idade – a história segue uma seqüência como se fosse um livro de aventuras. Uma forma bem sutil de tratar a brutalidade dos acontecimentos seguintes.
A leitura é rápida e todas as informações são fáceis de digerir, porque é uma realidade da nossa sociedade. Vale a pena presentear. 

Já o segundo livro se chama “O Enigma do 8”, Katherine Neville (Editora Rocco). Sinceramente, o estilo da história não chamaria minha atenção nas prateleiras da Nobel, porém como ganhei de aniversário, abracei a causa. O tamanho do livro assusta, são 680. Mas a leitura é interessante. O livro mescla a história de duas personagens femininas: a noviça Mireille, na época da Revolução Francesa, e de Catherine Velis, nos dias atuais, em busca de um mistério que envolve o jogo de xadrez de Montglane. O que mais me agradou foi o envolvimento de personagens históricos reais na montagem da história, como Napoleão, Rosbespierre, Danton, Rousseau, Voltaire e Carlos Magno.
Algumas partes da trama são uma viagem entre real e imaginário, onde envolve lendas tantas vezes batidas como temáticas de obras passadas, porém de forma muito ágil. O livro é pura ação e trata cada escolha dos personagens como uma jogada de xadrez. No fim, você acaba aprendendo tanto sobre o antigo jogo, que dá vontade de correr na loja mais próxima e comprar um tabuleiro.  
Para não se perder na trama com tantos fatos históricos, sugiro que preste atenção e só interrompa a leitura quando terminar algum capítulo.
Lembrando que a continuação já existe: “O Fogo”


Boa leitura!

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